Com apenas oito deputados, G8 deixa de existir caso mais um partido saia da composição
Isolado dos demais partidos, o PT precisou ameaçar que deixaria bloco para conseguir a vice-liderança do G8 na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Ainda sem anúncio oficial de quais deputados devem compor as lideranças dos blocos, na quarta-feira o deputado Márcio Fernandes (MDB) disse ao Correio do Estado que os parlamentares Eduardo Rocha (MDB) e Lídio Lopes (Patriota) seriam líder e vice-líder, respectivamente do bloco.
Durante a sessão de quinta-feira (13) o presidente da Casa, Paulo Corrêa (PSDB) chamou a atenção dos deputados do G8 – composto pelo MDB, DEM, PT, PDT e Patriota – para que indicassem quem seria o líder e o vice porque é necessário compor as comissões, sendo a mais importante a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ). “Gostaria de solicitar ao G8 a indicação da liderança do bloco e da vice-liderança, se for possível ainda nesta sessão. Precisamos fazer funcionar as comissões”, destacou o presidente.
Nesse momento um dos representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), Cabo Almi, pediu uso da palavra e pediu aos integrantes do antigo G9, atual G8, se reunissem para definir quem será o representante do bloco.
Em sua fala o deputado declarou que não pode indicar nenhum nome sem antes ter uma reunião entre os membros. “Eu quero convidar os deputados para fazer um reunião e definir porque quem será o líder porque é um bloco de importância para essa casa, um bloco de oito deputados e não podemos conduzir A ou B sem antes discutir as questões política que envolvem esse grupo dos oito deputados”.
Após a reunião os parlamentares afirmaram que invés de Rocha e Lídio no cargo de líder e vice-líder será Rocha e Almi.
Procurado pelo Correio do Estado, Almi disse que precisou ameaçar deixar o bloco caso não tivesse apoio em continuar como vice-presidente. Além disso o deputado pediu para que as emendas de 2017 e 2019 sejam pagas pelo Governo do Estado e que o atual líder, Eduardo Rocha, não apenas “abaixe a cabeça para tudo do governo”, mas também apoie as decisões da oposição. De acordo com Almi, caso o partido deixe o G8 não terá mais o bloco porque já está no mínimo de deputados necessários.
“Quando éramos quatro deputados não dependíamos de ninguém, hoje que só tem a gente depende e por isso a aproximação nossa e a criação do bloco”, justificou lembrando dos ex-deputados João Grandão e Amarildo Cruz – que não foram reeleitos em 2018.
Segundo Almi, caso Rocha não represente também os deputados de oposição, ele e Pedro Kemp podem deixa o G8.
O Correio do Estado tentou falar com o deputado Eduardo Rocha, mas não obteve retorno.
BLOCOS
A Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul (ALEMS) foi dividia em dois blocos, G11 e G8. O G11 é composto pelos deputados do PSD, SD, PP, PTB, Republicanos, PLS, PL e Jamilson Name (sem partido). Outro grupo, além do G8 e G11, é dos quatro deputados do PSDB.
Fonte: Correio Do Estado